Além do pomar, uma horta com temperos foi criada para utilizar os ingredientes nas aulas de culinária e composteiras foram desenvolvidas para utilizar adubo orgânico na plantação
O Centro Público de Formação Profissional Governador Miguel Arraes, no Jardim Cristiane, conta com um projeto de plantio de árvores frutíferas e uma pequena horta de temperos. A iniciativa, que tem como foco a educação e a preservação ambiental, surgiu da proposta de professores em parceria com a equipe gestora da instituição e o Parque Escola.
Durante o período de ensino remoto, por conta da pandemia, o objetivo maior foi manter o vínculo e despertar no aluno o interesse pelas aulas a distância, o que foi um desafio. Os professores então começaram a trabalhar nas aulas receitas culinárias de memórias, ou seja, aquelas que os alunos guardam em suas memórias afetivas.
A ideia, celebrada pelos professores, surtiu efeito positivo e as receitas de memória afetiva foram compartilhadas pelos alunos. “Já compartilhei minhas receitas que aprendi com familiares e amigos e peguei dicas dos colegas de classe. Essa troca é muito importante”, destaca o aluno João Rodrigues Batista, de 58 anos.
Com o retorno presencial, contando com a ajuda de um biólogo do Parque Escola, foram realizadas atividades para a criação de composteiras e o plantio de mudas frutíferas e temperos para que os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro Público de Formação Profissional Governador Miguel Arraes pudessem utilizar nas aulas de culinária.
A aluna Deraldina Barreto de Souza, de 80 anos, é muito ativa nas atividades da EJA. “Para mim, estar aqui é uma alegria e assim não fico parada. O pomar, por exemplo, é algo muito especial para nós alunos e eu já tenho uma história com este lugar. Há muitos anos minha mãe chegou a dar aulas aqui e hoje faço questão de estar muito presente nas minhas aulas e aproveitar cada oportunidade”, comemora.
No espaço destinado ao pomar do Centro Público de Formação é possível encontrar araçá-do-cerrado, ameixeira, abacateiro, cerejeira, pitangueira, limoeiro (cravo) e também uma muda de urucum. Os professores, juntamente com os funcionários e alunos, plantaram as mudas, identificaram e dataram de acordo com o plantio.
Nos canteiros internos há plantio de cebolinha, salsinha, coentro, manjericão, orégano e alecrim. Após o plantio, tanto dos canteiros como das árvores frutíferas, os alunos acompanham o processo de crescimento e aprendem que é possível dispor de alguns ingredientes para consumo, cultivados em vasos ou em pequenos espaços.
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